terça-feira, junho 25, 2013 -
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Um gigante começa a despertar do berço esplêndido
Apesar
de ter iniciado em São Paulo contra o aumento de 0,20 centavos na passagem do transporte
coletivo, a mobilização se expandiu por outros cidades, com adesão exponencial
ao movimento em todo país. Porém, a pauta dos protestos inclui outras demandas relevantes
para a sociedade. O reajuste da tarifa é simbólico, é emblemático diante de
tanta indignação. Investiu-se pesado na Copa do Mundo, com superfaturamento de
obras, enquanto setores essenciais como saúde, educação e segurança (direitos
constitucionais) não têm recebido atenção semelhante; o custo abusivo dos
políticos brasileiros (o congresso mais caro do mundo), as manobras políticas,
a PEC 37, a corrupção, a violência, a impunidade, os altos impostos, são
motivos pra tanta revolta! São demandas acumuladas há dezenas de anos. Mas, convenhamos começou tarde. No entanto, antes da tarde do que nunca.
É
inegável que estão extraindo proveito político do contexto (reacionários
ou revolucionários?).
Há um interesse político-midiático como pano de fundo nesse cenário. Mas, o
movimento “Vem Pra Rua” (a maior arquibancada do Brasil) é apartidário, que
luta por direitos civis, por melhor qualidade dos serviços públicos.
Não é contra um partido, contra um governo, propriamente. Tem gente que não entende ou finge não entender (pela conveniência política que o movimento não é para tirar a presidente. Se assim fosse estariam pedindo o impeachment. Isso está totalmente fora de pauta. É relevante que o movimento cresça de forma uniforme, mantenha-se digno, justo, e não se desfoque o sentido para o ideológico-partidário.
Não é contra um partido, contra um governo, propriamente. Tem gente que não entende ou finge não entender (pela conveniência política que o movimento não é para tirar a presidente. Se assim fosse estariam pedindo o impeachment. Isso está totalmente fora de pauta.
A
ação truculenta da polícia, a tropa de choque reprimindo manifestantes, são
cenas réplicas de uma época em que o país estava sob comando dos militares.
Instaura-se um clima de tensão evitável, pois a polícia é também oprimida pelo
sistema, não tem remuneração digna, numa profissão de alto risco. Vândalos e bandidos aproveitam para causar tumulto, depredar, saquear. Infelizmente o vandalismo pode enfraquecer o movimento. O dinheiro para recuperar estabelecimentos públicos depredados sairá do bolso do contribuinte. Em tempos, a
mídia tendenciosa, começa a mudar o
discurso, quando jornalistas sentem na pele a repressão policial.
Algumas
medidas começam a ser anunciadas, como reação às manifestações. Os governantes
sabem da força da mobilização popular e os efeitos desta pressão . Há pouco mais de um ano das
eleições, certamente vão articular ações para atender nem que seja o minimo de
reivindicações.
Momentos
como este que estamos vendo, devem nos orgulhar muito mais do que a seleção
brasileira. Neste sentido, é oportuno
afirmar que ‘verás que um filho teu não foge à luta’, não é apenas um belo trecho
do hino, evidencia que um gigante começa a
despertar do berço esplêndido.
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